“AZULEJO: CRIATIVIDADE NUMA ARTE DE CONFLUÊNCIAS”
WORKSHOP ONLINE em 2022
Certificado emitido pela SNBA
Formadora: Artista e Doutora em Artes Visuais Cláudia Matoos
Datas:
- Online – 10, 17, 22 e 24 de Novembro | 19h30 às 21h
Duração: 4 aulas de 90 minutos cada
Custo:
- Online: 50€
- Sócios e Alunos da SNBA (sem valores em atraso): 40€
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
– Revestimento de cerâmica que brilha. Aspetos técnicos. Da técnica egípcia à reinvenção árabe. A magia do azulejo persa das sete cores. Azulejos otomanos de İzmir. As singularidades dos azulejos chineses.
– Azulejo alicatado marroquino: paciência e dedicação. O pragmatismo do azulejo hispano-árabe sevilhano. A cerâmica vidrada de Maiorca para Faenza. O gosto italiano na Península Ibérica.
– Criatividade dos azulejadores portugueses. Subtilezas e múltiplas influências: árabe, italiana, espanhola, indiana, holandesa e chinesa. Azulejo entre Portugal e Brasil: circuito de convergências.
– Algumas produções contemporâneas em azulejo, assinadas em Portugal e no Brasil. Filhos da sua época:
Portugueses – Do revivalismo ao modernismo e contemporâneo, inseridos em projetos da arte pública.
Jorge Colaço (1868-1942), Almada Negreiros (1893-1970), Jorge Barradas (1894-1971), Carlos Botelho (1899-1982), António Dacosta (1914-1990), Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), Rolando Sá Nogueira (1921-2002), Álvaro Lapa (1939-2006), Rogério Ribeiro (1930-2008), Júlio Resende (1917-2011), Ângelo de Sousa (1938-2011), Maria Keil (1914-2012), Nadir Afonso (1920-2013), Eduardo Nery (1938-2013), Costa Pinheiro (1932-2015), Querubim Lapa (1925-2016), Júlio Pomar (1926-2018), Manuel Cargaleiro (1927-), Lourdes de Castro (1930-) Eduardo Batarda (1943-), Gracinda Candeias (1947- ), Graça Morais (1948-), Júlia Ventura (1952-), Ana Vidigal (1960-).
Brasileiros – Da reintrodução da tradição ao modernismo e contemporâneo, inseridos em projetos da arte pública.
Wasth Rodrigues (1891-1957), Paulo Rossi Osir (1890-1959), Cândido Portinari (1903-1962), Djanira (1914-1979), Alfredo Volpi (1896-1988), Burle Marx (1909-1994), Poty Lazzarotto (1924-1998), Anísio Medeiros (1922-2003), Athos Bulcão (1918-2008).
Conceção artística do azulejo em outras técnicas contemporâneas: Adriana Varejão (1964-).
OBJETIVOS
- Contribuir com o conhecimento do aluno, através de uma visão panorâmica, sobre técnicas e estilos do azulejo em diferentes épocas e regiões, de uma forma global;
- Levar o aluno a diferenciar as tipologias e expressões plásticas dos azulejos;
- Destacar questões da criatividade e originalidade dos azulejos;
- Identificar as especificidades e influências de diversas culturas nas expressões plásticas dos azulejos;
- Abordar breves questões de produção sobre algumas oficinas;
- Compreender o azulejo como expressão artística na contemporaneidade;
- Identificar as conexões entre os azulejos portugueses e brasileiros para perceber as suas mútuas influências;
- Destacar alguns artistas portugueses e brasileiros para revelar as suas produções contemporâneas;
- Valorizar e reconhecer a importância do azulejo como património artístico de confluências culturais.
BIBLIOGRAFIA
Alcântara, Dora Monteiro e Silva (1980). Azulejos portugueses em São Luís de Maranhão. Rio de Janeiro: Fontanna -Fundação Luis La Saigne.
Alcântara, Dora Monteiro e Silva (2000). O Azulejo, fator de integração cultural de continentes. Lisboa: Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses.
Berardo, José; Ramos, Francisco; Leitão, Manuel; Pleguezuelo, Alfonso; Meco, José & Guerreiro, Hugo (2020). 800 anos de História do Azulejo. Museu Berardo Estremoz. [Catálogo]. Lisboa: Associação de Colecções.
Bulcão, Athos (2002) Athos Bulcão: construção e poesia. Brasília: Centro Cultural Banco do Brasil.
Calado, Rafael Salinas (1986). Azulejo: cinco séculos de azulejo em Portugal. Lisboa: Correios e Telecomunicações de Portugal.
Castéra, Jean-Marc (2007). Arabesque. Art décorative au Maroc. Paris: ACR.
Fanning, Janis & Jones, Mike (2001). A Arte e o ofício do azulejo. Lisboa: Ed. Estampa.
Knoff, Udo (1986). Azulejos da Bahia. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Ed.; Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Meco, José (1985). Azulejaria portuguesa. Lisboa: Bertrand Editora.
Meco, José (1993). O Azulejo em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa.
Morais, Frederico (1988-1990) Azulejaria contemporânea no Brasil. São Paulo: Editoração Publicações e Comunicações, 2v.
Pleguezuelo, Alfonso (1989). Azulejos sevillanos. Sevilla: Padilla.
Pleguezuelo, Alfonso; Coll, Jaume; Pereira, João Castelo Branco; Carswell, John; Molera; Judit & Pradell; Trinitat (2013). O Brilho das Cidades. A Rota do Azulejo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Riley, Nöel (2004). A Arte do Azulejo. A História. As técnicas. Os artistas. Lisboa: Editorial Estampa.
Santos, Reinaldo dos (1975). A azulejo em Portugal. Lisboa: Sul.
Simões, João Miguel dos Santos (1990). Azulejaria em Portugal – sécs. XV-XVI. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Simões, J. M. Santo João Miguel dos Santos & Oliveira, Emílio Guerra de (1997). Azulejaria em Portugal no século XVII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2 vols.
Simões. João Miguel dos Santos (1965). Azulejaria portuguesa no Brasil 1500-1882. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
FORMADORA
Cláudia Matos Pereira – [Cláudia Matoos – nome artístico] Artista plástica. Doutora em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (2015). Investigadora do Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa – CIEBA (desde 2016). Bolseira pela CAPES (2012-2015). Professora Convidada da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2013-2016), onde lecionou Desenho de Modelo Vivo, Desenho do Património e no Mestrado de Museologia e Museografia. No Brasil foi professora na Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC (2004-2010), e professora de Artes nos 2º e 3º Ciclos (1995-2013). Mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, com dissertação sobre Schiller e a Arte (2007).
Exposições individuais e participação em exposições coletivas em Itália, Suíça, Áustria, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Argélia, Marrocos e Brasil.
Residência artística e exposição no MAMA, Musée Public National d’Art Moderne et Contemporain d’Alger (2015), onde desenvolveu um projeto artístico sobre azulejos e património da Argélia. As obras: pintura, instalação e vídeo fazem parte do acervo do museu.
Imersão em oficinas e ateliês de azulejos na cidade de Rabat, Marrocos (2016-2020).
Exposição individual em desenho, dedicada ao azulejo: “Diálogo entre os Azulejos Marroquinos e Portugueses” na Embaixada de Portugal em Rabat (2018).
Contínua atividade artística e de investigação na área das artes, com organização e participação em congressos e publicação de artigos em revistas científicas e livros.